O FEL DE AMARGURA

“Pois vejo que estás em fel de amargura, e em laço de iniquidade!”
Atos 8:23

O que Paulo observou na reação de Simão de Samaria quando foi repreendido, para que o apóstolo lhe dissesse tão dura, direta e verdadeira exortação?
Paulo olhou nos olhos de Simão e afirmou:
-Simão, você está amargo de amargura – e isso pode ser uma armadilha do pecado para destruir você!
Amargura é uma espécie de ressentimento – e ela funciona como droga para estimular mais emoções ruins. Assim como as drogas forçam o coração a bombear o sangue desordenadamente, o permanecer amargurado faz a pessoa bombear sentimentos negativos e ressentimentos amargos como o fel.
É extremamente perigoso em nível físico, psicológico e espiritual.
Há uma concentração de energia num foco pecaminoso que é o ressentimento por algo não ter sido feito, dado ou realizado conforme a vítima queria.
E esse nível de energia pecaminosa tende a aumentar, gerando pensamentos vingativos, desejos maus e soluções equivocadas. Ela culpa a todos que não pensam como ela – e se vê como uma vítima inocente.
Estudos mostram que há um ponto perigoso nesse fel de amargura, pois, em determinado momento, esse ressentimento deixa de ser uma emoção e se torna uma força motora opressora e voraz – que se alimenta dela mesma, incha e contamina.
É por isso que pessoas amarguradas sempre encontram um amigo ou amiga que as “entende”, que alimentam a sua mágoa, que concordam com ela, e são incapazes de dizer que estão erradas. Nunca lhe dizem que o certo seria entregar-se à vontade de Deus, ver o problema sob outra perspectiva e que, ao invés de exigir seus direitos, renunciasse e fosse mais humilde.
E, tal como funciona uma droga, o ressentimento torna-se ira azeda, e esse azedume interior se transforma num fel de amargura, como Paulo exortou a Simão.
Fel de amargura destrói a pessoa fisicamente, provocando pressão alta, abalando o coração e produzindo outras sequelas.
Emocionalmente, ela traz consigo ansiedade e depressão.
E, espiritualmente, na medida em que vai se expandindo e eclipsando Deus, murchando o espírito, e a pessoa vai perdendo a sensibilidade da consciência e da atuação do Espírito Santo.
A amargura é o cão raivoso que morde a mão que o alimenta.
O desejo de retaliação é o incêndio descontrolado que consome aquele que tocou fogo.
O ressentimento é a armadilha que prende e sufoca o próprio caçador.
A solução da Palavra de Deus é reconhecer se a amargura se instalou em nós e lutar contra ela, tirando-a de nós no poder de Jesus:
“Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós.” – Efésios 4:31.
O remédio do Espírito Santo consiste em nos levar a perdoar a quem nos causou ou propiciou esse amargor da alma, e perdoar como Jesus nos perdoou – Efésios 4:32.
Enfim, é uma questão de escolha:
Decidir morrer amargurado, como Caim, Judas, Simão de Samaria.
Ou escolher viver perdoando e amando, como Jesus!
SHAVUAH TÔV!
Uma boa e abençoada Semana com amor e perdão, e bem longe das amarguras e ressentimentos!
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