OS MARAVILHOSOS SALMOS DA BÍBLIA

OS MARAVILHOSOS SALMOS DA BÍBLIA

O abrir do coração diante de Deus!

O meu coração ferve com palavras boas, falo do que tenho feito no tocante ao Rei. A minha língua é a pena de um destro escritor.
Salmo 45:1

Gostamos dos Salmos por eles serem em sua grande maioria o externar da alma do povo de Deus perante o próprio SENHOR!
Eles nos atraem não por serem poéticos (há outros livros poéticos na Bíblia Sagrada, como Provérbios, Cantares, Jó, Eclesiastes, e há porções poéticas em muitos livros escriturísticos). Mas, nos Salmos, há esse abrir do coração do crente diante do seu Deus, de forma escancarada, franca, direta e tremendamente emocional:
Deus meu, eu clamo de dia, e Tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego!” – Salmos 22:2

Expressões tão diretas, sinceras e cheias de sentimento sem censuras perante Deus que inspiraram poetas do mundo inteiro a também exporem seus medos, dúvidas e incertezas diante de Deus.
Como o nosso Castro Alves que começou seu poema Vozes d’África, chorando:
“Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito…
Onde estás, Senhor Deus?…”

Se o grande escritor francês Victor Hugo disse que “A música expressa o que não pode ser dito e sobre o que é impossível silenciar”.
O que nós podemos dizer acerca dos Salmos?

Os Salmos diferem do restante das Escrituras Sagradas, não por seu estilo, mas por sua própria natureza.
Enquanto os outros livros da Bíblia Sagrada trazem o registro fidedigno do que o SENHOR falou aos homens, nos Salmos estão gravadas de forma verdadeira as palavras, os sentimentos e as emoções do povo crente diante do seu Deus.
São as autênticas palavras dos homens de Deus, seladas pelo Espírito de Deus, ao derramarem em fé suas dores, alegrias, choros, euforias, depressões, certezas e dúvidas diante do SENHOR!

O salmista podia revelar seus sentimentos mais baixos:
Como Asafe, que diz corajosamente que teve inveja dos homens ímpios (Salmo 73)
Como Davi que confessou em prantos os seus mais terríveis pecados (Salmo 32 e 51).
Ou quando foi sincero em dizer que, em sua aflição, chorava tanto à noite que inundava sua cama de lágrimas (Salmo 6:6).

Que reconfortante para nós é saber que o autor anônimo do Salmo 10 teve a coragem de orar, de forma perplexa, confessando que nos momentos em que ele mais precisava do SENHOR, ele sentia Deus mais ausente: “Por que estás longe, SENHOR? Por que te escondes no tempo da angústia?” (Salmo 10:1).

Mas também ali estão as mais grandiosas expressões de uma fé vitoriosa: “Mas eu confio na Tua benignidade; na Tua salvação se alegrará o meu coração! Cantarei ao SENHOR, porquanto (Ele) me tem feito muito bem!” (Salmo 13:5-6).

Os Salmos nos ensinam, convidam e incentivam a todos nós para que em todos os momentos oremos ao SENHOR:
Se estivermos tristes – choremos diante do SENHOR!
Se estivemos alegres – cantemos de júbilo ao SENHOR!
Se estivermos em dúvida – apresentemos todas elas sem medo ao SENHOR!
Se estivermos em desespero – clamemos ao SENHOR!
Se estivermos precisando – peçamos ao SENHOR!
Se estivemos em fraqueza, carentes ou doentes – não saiamos da presença do SENHOR enquanto não tivermos a Sua resposta!
E, se estivermos fortes, abastecidos e saudáveis – agradeçamos ao SENHOR com as mais belas, vibrantes e contínuas Ações de Graça!
Aleluia! Amém!

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