DOMINGO DE RAMOS
BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR!
BARUH HABAH B’SHEM ADONAY
Hoje, bíblica e historicamente, comemora-se o Dia da Entrada de Jesus em Jerusalém, em Sua última semana, o chamado DOMINGO DE RAMOS!
Para entendermos melhor a importância desse dia, precisamos olhar para uma frase curta no Salmo 118:26.
Na Língua Hebraica, a frase é: Baruh Habah b’Shem Adonay! (Bendido o que vem em Nome do SENHOR!)
É muito importante e revelador notar que Jesus menciona essa frase “Bendito Aquele que Vem em Nome do SENHOR (“Baruh habah b’Shem Adonay”) apenas duas vezes, e em duas ocasiões distintas.
Também é digno de nota que as duas vezes foram registradas no Evangelho de Mateus, numa sequência de eventos bem sugestivos.
Lembremo-nos que o Evangelho de Mateus foi escrito especialmente dirigido aos judeus: Ele descreve Jesus como o Salvador do Seu povo, o povo de Israel, e O apresenta como o Rei dos reis. Seus eloquentes discursos são intercalados com seus portentosos milagres, que provavam que Ele era o Messias prometido no Tanack (Antigo Testamento).
E, como foi dito, por duas vezes é encontrada a frase “Bendito o que vem em Nome do SENHOR”, no Evangelho de Mateus:
Uma em Sua entrada em Jerusalém (Mateus 21:9).
E outra vez no final de sua longa repreensão aos líderes religiosos de Israel (Mateus 23:39).
Naquela entrada de Jesus em Jerusalém, Ele montou num jumento em cumprimento à profecia de Zacarias 9:9 (“Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta”).
Seus discípulos encheram as ruas, enquanto Ele entrava montado sobre o jumento.
Essa declaração era um convite para que Ele tomasse o Seu lugar como o Rei Messias em Jerusalém!
Porém esse convite foi recusado – o Messias foi rejeitado nos dias subsequentes.
Em Mateus 21:9, temos o registro:
“E as multidões, tanto as que O precediam como as que O seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em Nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!”
Chama-se esse episódio de “A Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém”, no que é popularmente conhecido como o Domingo de Ramos!
Tratava-se do início da última semana de Jesus. Na sequência da semana, Ele teria os confrontos com a liderança religiosa, e, depois, o Seu sacrifício.
Com certeza, outra profecia bíblica, registrada pelo grande profeta Isaías, estava se cumprindo – consistia no fato de que o povo da Aliança, naquela época, não veria “beleza” nEle que os agradasse:
“2 Porque foi subindo como renovo perante Ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para Ele, não havia boa aparência nEle, para que O desejássemos.
3 Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dEle caso algum.” (Isaías 53:2-3).
Que grande lição temos aqui – às vezes podemos estar tão cheios de nós mesmos, tão certos de nossos conceitos, completamente fissurados em nossas formas de pensar, que ficamos cegos para o óbvio, para o que é tão claro, para aquilo que Deus em Seu amor está nos querendo mostrar.
Por isso, precisamos do milagre de ter os olhos espirituais abertos.
E que hoje façamos com sinceridade a mesma oração dos cegos de Jericó diante de Jesus:
“32 E Jesus, parando, chamou-os, e disse: Que quereis que vos faça?
33 Disseram-Lhe eles: Senhor, que os nossos olhos sejam abertos!
34. Então Jesus, movido de íntima compaixão, tocou-lhes nos olhos, e logo seus olhos viram; e eles O seguiram.”
Mateus 20:32-34