O ANSEIO DO PEREGRINO

O ANSEIO DO PEREGRINO

“Sou peregrino na terra; não escondas de mim os Teus mandamentos.”
Salmo 119:19

Lembro-me com saudade do Hino Mensagem Real, do Cantor Cristão:
“Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou.
Do reino lá do céu embaixador eu sou.
Meu Rei e Salvador vos manda em seu amor.
As boas-novas de perdão!”

O sentimento de ser peregrino e forasteiro foi comum ao povo de Deus no Antigo Testamento e também no Novo Testamento.
O salmista expressa isso ao dizer: ‘Estou apenas de passagem aqui na terra, sou um viajante, um peregrino e forasteiro, e preciso dos Teus mandamentos para me orientar; não os escondas de mim!’

Desde a promessa feita a Abraão, Israel sempre sonhou com o herdar a terra e habitar nela. A promessa cumpriu-se em certa medida, porque um dia eles chegaram e conquistaram a terra de Canaã.
Mas, infelizmente, eles não permaneceram permanentemente lá.
Houve o Exílio Assírio, quando a Assíria destruiu Samaria, capital do Reino de Israel, em 722 a.C. e dispersou os sobreviventes por várias regiões dominadas pelo Império Assírio.
No Século VI a. C, ocorreu o Exílio Babilônico, uma deportação de judeus para a Babilônia, em três ondas (606 a.C., 596 a.C. e 586 a.C.), sob o reinado de Nabucodonosor.
E, no Século I d.C. houve a chamada Diáspora Romana, quando, após a destruição do Segundo Templo em Jerusalém, no ano 70 d.C., os romanos iniciaram uma nova fase de perseguição e exílio, expulsando judeus da Terra de Israel.
Então, é fácil compreender esse sentimento de ser peregrino e forasteiro numa terra estranha e, muitas vezes, hostil.

Também no Novo Testamento, o povo de Deus é retratado como peregrinos, como forasteiros temporários em uma terra que não é a deles.
O apóstolo Pedro usou as figuras de peregrinos e forasteiros: “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1 Pedro 1:1).
E, partindo primeiramente da situação terrestre dos leitores originais, Pedro usou essa condição para descrever a circunstância espiritual de todos os seguidores de Cristo (“Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma” -1 Pedro 2:11).
Nessa abordagem, todos nós somos mochileiros temporários neste mundo, esperando chegar à nossa pátria definitiva e celestial.

Assim, tanto no Antigo como no Novo Testamento, a Bíblia dá ao povo de Deus uma mente de peregrino, não devendo se apegarem às coisas desta vida, pois irão em breve deixar tudo para trás.
Realmente, um mochileiro vive livre para passar facilmente para outro lugar, não atrapalhado por um excesso de bens. Da mesma maneira, o cristão deve viver investindo na sua vida eterna, e não preocupado com as coisas desta vida.

Assim, diante das adversidades, dificuldades e conflitos diários, somos alimentados pela bendita esperança de que não ficaremos neste mundo para sempre. Nesta vida tudo é transitório e passageiro. Somos peregrinos rumo ao nosso verdadeiro destino.
Porque há um Céu, uma vida melhor, um paraíso!

Sei bem que parece utopia falar sobre o Céu em pleno século 21.
Mas as Sagradas Escrituras afirmam enfaticamente que o Céu existe.
É bom (e urgente) que o mundo e muita gente saibam que as coisas são como são, e não como eu imagino ou queria que fossem.
A noite será sempre noite mesmo que se acendam milhões de luzes potentes.
Deus é real e ensina a realidade – Sua Palavra explica a verdade – Seu Espírito trabalha e insiste em abrir os olhos dos cegos e trazer luz para as trevas que se instalaram tentando impedir de ver a verdade.

É melhor ser peregrino aqui, sendo um cidadão do Céu, e almejar essa Pátria Celestial, do que viver num mundo fake que promete o que não sabe, nem o que nunca pode dar, e com um destino final trágico.
Pense nisso!
SHABBAT SHALOM!
Um Sábado realmente de PAZ com a verdade de Deus!

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